James Q. Wilson

James Quinn Wilson
Nascimento 27 de maio de 1931
Colorado, Estados Unidos
Morte 02 de março de 2012 (80 anos)
Boston, Estados Unidos
Nacionalidade  Estados Unidos
Ocupação Cientista Político, criminologista, professor, escritor e conselheiro do Governo norteamericano.

James Quinn Wilson foi um cientista político norte-americano, cujo trabalho e pensamento permeiam as políticas públicas dos Estados Unidos. Devido à sua contribuição ao combate da violência e da criminalidade no país, Wilson tornou-se uma figura de destacada importância para o governo norte-americano, tendo participado diretamente da construção das políticas públicas deste gênero por diversas vezes. Sua morte, em 2012, provocou uma forte comoção entre a grande mídia americana, além de gerar declarações de reconhecimento tanto de partidários republicanos como democratas.

Ao longo dos anos, as obras de Wilson tiveram diversos enfoques, das políticas urbanas à burocracia, passando pela própria organização das estruturas democráticas americanas, analisada em American Government: Institutions and Policies (escrito com John J. DiIulio Jr.), obra de grande importância para o estudo do funcionamento da máquina pública norte-americana. Porém, as maiores contribuições de Wilson foram para o campo de policiamento e combate à criminalidade, área na qual publicou seus estudos mais famosos.

Era um teórico de linha claramente conservadora, cujo esteio se encontrava na criminologia clássica. Tinha posições muito claras no que diz respeito ao combate às drogas e à criminalidade, tendo afirmado inclusive que “O uso das drogas é errado porque é imoral e é imoral porque escraviza a mente e destrói a alma.”[1] Era um ferrenho defensor da manutenção de valores tradicionais dentro das famílias americanas como forma de controlar os índices de criminalidade, já que acreditava que a desvirtuação de tais valores era um fator sociológico de grande influência para o aumento da violência e dos crimes.

Wilson ficou particularmente conhecido pela sua Teoria das Janelas Partidas, desenvolvida com George L. Kelling, que culminou em um artigo lançado em 1982. A premissa principal deste projeto consiste na ideia de que um fator que indique uma quebra da ordem em determinado local, mesmo que pequeno, como uma janela quebrada em um prédio abandonado, tem potencial para desencadear diversos atos de vandalismo subsequentes. Segundo Wilson e Kelling, isso ocorreria devido à ideia comum de que estes pequenos sinais de desordem seriam um indicativo de que ninguém se importava com o bem vandalizado e, portanto, sua violação não constituiria um ato de grande relevância para a sociedade em geral. Porém, de acordo com estes pesquisadores, a banalização do vandalismo praticado teria um efeito em cadeia, capaz de desestruturar completamente uma comunidade pacífica.

  1. Citado em W. J. Bennett, Body Count (New York: 1996), pp. 140-141

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